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Patience Worth *


          Caso 15 – Não me posso furtar a reproduzir em resumo o famoso caso da personalidade mediúnica “Patience Worth” (médium Sra. Curran) que, depois de haver ditado uma série de romances históricos, considerados obras-primas, e enorme quantidade de poesias líricas e impecáveis, improvisadas a pedido, sobre assuntos indicados, ditou um volumoso poema idílico, em versos soltos, intitulado Telka, poema que cabe no rol dos casos de xenoglossia, pois foi escrito em língua anglo-saxônia do século dezessete, combinada harmoniosamente com inúmeros dizeres e locuções dialetais da época.

          Tendo-me ocupado longamente com esse caso na minha monografia sobre a Literatura de Além-Túmulo, limitar-me-ei a resumir e ilustrar quanto Patience Worth escreveu na língua do seu tempo, tão diversa do inglês moderno.

          Informou ela que nascera na Inglaterra, em Dorsetshire, no ano de 1646 (ou 1694); que viveu na aldeia em que nascera, trabalhando no campo até chegar à maioridade, época em que emigrou para a América, onde algum tempo depois caiu vítima de uma incursão de índios.

          Farei notar que nalgumas ocasiões em que os experimentadores assinalaram a beleza literária do ditado mediúnico, Patience Worth lhes observou “que já no período da sua existência terrena possuía aquele mesmo temperamento imaginoso e poético”, observação interessante, pois se presta a elucidar o mistério de uma camponesa defunta manifestar-se mediunicamente, ditando magistrais obras literárias em verso e prosa. Quer dizer que de tais pormenores se deve inferir que à camponesa do Dorsetshire era congênita a genialidade de escritora, cuja manifestação apenas a sua humílima condição social impedira.

          As primeiras obras literárias de Patience Worth foram ditadas em inglês moderno; porém, logo ela se decidiu a ditar algumas, entre as quais o magistral poema citado, na língua e nos dialetos do século dezessete, declarando fazê-lo com o objetivo de provar a sua independência espiritual com relação à médium, visto que ninguém no mundo seria capaz de ditar um poema inteiro no rude idioma anglo-saxônio de há dois séculos e meio e, além do mais, sem nunca se deixar arrastar ao emprego de qualquer vocábulo posto em uso depois daquela época. Em seguida, volveu a ditar suas obras em inglês moderno, mas servindo-se com absoluta oportunidade de locuções e vocábulos antiquados, sempre que, assim fazendo, mais vivas tornava as descrições. Nada obstante, continuou e continua a conversar claramente com os experimentadores no seu dialeto nativo.

          Pelo que toca ao poema Telka, adiantarei que, na época em que foi transmitido, Patience Worth deixara de empregar o instrumento mediúnico denominado “Oui-jà” e ditava romances e poesias pela boca da médium, o que significa que esta última, conquanto conservasse plena consciência de si, percebia uma voz subjetiva, que lhe ia ditando palavra por palavra, de modo que ela não fazia mais do que repetir, em voz alta, as que ouvia e que um secretário ia escrevendo. Muitas vezes, era tal a rapidez do ditado, que o secretário não conseguia acompanhá-lo, o que obrigava Patience Worth a repetir a última frase e a moderar o seu ímpeto. Ao mesmo tempo, a mentalidade da médium se mostrava a tal ponto independente de quanto se exteriorizava por seu intermédio, que conservava a liberdade de fumar um cigarro, de interromper o que repetia, para tomar parte na conversação em que se empenhavam os presentes, de levantar-se e ir à sala ao lado responder a uma chamada telefônica, sem que tais interrupções influíssem, ainda que da maneira mais insignificante, no ditado mediúnico, que prosseguia do ponto exato em que fora suspenso. O mesmo se dava de uma sessão para outra. Quer dizer!!! a personalidade mediúnica retomava o ditado precisamente no ponto em que parara, ainda quando entre uma e outra sessões transcorriam meses. Certa vez, tendo-se perdido um dos primeiros capítulos de um romance cujo ditado já avançara muito, Patience Worth o ditou de novo. Achadas mais tarde as folhas que se haviam extraviado, verificou-se que o segundo ditado era a reprodução literal do anterior.

          Tornando ao poema Telka, eis em que termos falou dele o doutor Walter Prince, no seu magnífico estudo: The case of Patience Worth:

“Para mim – e juízes muito mais competentes do que eu se declararam da minha opinião – trata-se de uma produção extraordinária, que merece qualificada de obra-prima. Tente quem a leia desembaraçar-se de todo preconceito concernente à idéia que faça dos autores de ultratumba e, se o conseguir, achar-se-á nas melhores disposições para apreciar o poema em todo o seu valor. Além disso, quem o ler deverá resignar-se a empregar um vigésimo da paciência e da fadiga que lhe haja custado a interpretação da antiquada língua de um Chaucer, em interpretar as locuções e a linguagem antiquada do poema. Quando, com relação a este, se publicar um glossário dos termos menos compreensíveis, ver-se-á que certos vocábulos curiosos são genuínas palavras antiquadas, de uso corrente naqueles tempos, ou vocábulos arcaicos e raros, porém que sempre existiram e que, muitos deles, sobreviveram nos dialetos. Como quer que seja, mesmo sem glossário, quem o ler seguramente se maravilhará de topar com alguns vocábulos singulares, como se admirará da significação dada a tal ou qual palavra; mas, ao cabo de breve prática, reconhecerá que em todo o poema bem poucas expressões há que realmente não possa compreender...[i]

... As personagens de Telka vivem. Vemo-las, conhecemo-las. Nenhuma, dentre elas, é a repetição de outra. Alguma poderá manifestar tendências e disposições idênticas as de outra; manifesta, porém, ao mesmo tempo, características próprias, que a distinguem das demais. As personagens de Maeterlink, ao contrário (refiro-me a esse escritor pela grande e merecida reputação que conquistou em análogo gênero de literatura), são, quase sempre, sombras sem vida, que bem dificilmente se podem individuar pelas suas palavras, ou por qualquer de suas outras características...[ii]

... Todos, entretanto, reconhecemos em Maeterlink um grande artista. Contudo, não posso deixar de observar que, quando raiar o dia em que se dissipe completamente a repulsão que ainda inspiram as produções mediúnicas, desagradáveis, sobretudo, aos senhores críticos de arte, então se verificará que Patience Worth, a julgar-se pelo seu poema Telka, é superior de muitíssimo a Maeterlink...” [iii]

          Dito isso, relativamente ao grande valor literário do poema, torno ao tema que nos interessa, ao caso de xenoglossia que se contém implícito no fato de haver sido o mesmo poema ditado na língua anglo-saxônia de há dois séculos e meio, harmonicamente combinada com vozes e locuções dialéticas da época.

          O Doutor Walter Prince fez um estudo comparativo sobre a língua antiquada que Patience Worth fala e escreve, achando que boa parte dos vocábulos e locuções de que usa a personalidade mediúnica se encontra nos poetas e prosadores ingleses de antanho, desde Chaucer até Spencer, desde Waller até Pope. A certa altura, pondera ele que o obstáculo insuperável para as hipóteses da criptomnésia e da criptestesia consiste no fato da pronúncia daqueles vocábulos, fora de uso há séculos, pronúncia absolutamente ignorada em nossos dias. E, a propósito da palavra antiquada scow (sapato), que Patience Worth disse pronunciar-se “shoo”, faz notar que esse modo de articular-se aquela palavra ainda subsiste no Dorsetshire e acrescenta: “Já é um mistério o fato de o Espírito Patience Worth pronunciar a palavra scow com o som fonético com que ainda hoje é pronunciada; porém, esse mistério muito maior seria na hipótese de tratar-se de uma “personalidade segunda subconsciente” (mesmo que se lhe concedesse ilimitada potencialidade mnemônica), porquanto a pronúncia fonética das palavras antiquadas não pode constituir objeto de uma reminiscência mnemônica, se não existirem glossários que ensinem a pronunciar os vocábulos fora de uso.” (Pág. 228.)

          O mesmo autor chegou a descobrir certo livrinho de um poeta que escreveu no dialeto do Dorsetshire, província que, conforme ficou dito, Patience Worth designou como lugar do seu nascimento, e comprovou que naquele dialeto se haviam conservado, embora com alterações, muitas palavras de que usara a personalidade mediúnica. Entre outros, permaneceu o vezo de juntarem um “a” ao começo de muitos vocábulos, como por exemplo: “a-drowen”, por “throwing”; “a-vount”, por “found” “a-zet”, por “set”; “a-blushen”, por “blushing”; “a-vallen”, por “falling” e assim por diante (pág. 341).

          Ainda a propósito da linguagem antiquada de Telka, o professor Schiller, da Universidade de Oxford, pondera.:

“Abala e impressiona o saber-se que um dos seus romances em versos soltos, intitulado Telka, constituído de 70.000 palavras, é escrito em língua inglesa antiquada, sendo de pura origem anglo-saxônia 90 per cento dos vocábulos empregados, sem que entre eles se depare com uma só palavra tomada à língua inglesa depois de 1600... Quando ulteriormente viemos a saber que na primeira versão da Bíblia apenas há 70 per cento de vocábulos anglo-saxônicos e que preciso é retroceder-se até Layamon (1205) para se conseguir igualar a percentagem de termos anglo-saxões usados por Patience Worth; quando ponderamos tudo isso, não podemos deixar de reconhecer que estamos diante de um caso que se pode definir como “um milagre filológico”.” (Proceedings of the S. P. R., vol. XXXVI, pág. 574.)

          O Sr. Gaspar Yost, que publicou um livro sobre suas experiências com a Sra. Curran, nota, a seu turno:

Telka é único, pela pureza da língua em que está escrito, a anglo-saxônia; pela combinação das várias formas dialetais de diversos períodos; por algumas das suas peculiares modalidades gramaticais; pela diversidade e extensão atribuídas ao significado de muitos vocábulos... Patience Worth, como Shakespeare, emprega às vezes um advérbio por um verbo, por um substantivo, ou por um adjetivo... A razão disso reside no estado de transição em que se achava a língua inglesa naquele período; mas, essa particularidade redunda em mais urna prova de que Patience Worth está de pleno acordo com a sua época, até mesmo nas anomalias gramaticais... Não pode haver dúvida sobre o fato de que essa linguagem de Patience Worth se deve considerar absolutamente espontânea nela. Prova-o exuberantemente a circunstância de não a ter usado apenas em algumas de suas obras, mas de servir-se constantemente da mesma linguagem, quando conversa com os experimentadores...” (Págs. 363, 364, 368.)

          Resta assinalar um último pormenor entre os mais surpreendentes e é que esse poema idílico de 70.000 palavras (270 páginas), em versos soltos, julgado, por críticos competentes, uma obra-prima, superior a produções análogas de Maeterlink, foi totalmente ditado em 35 horas!

          Além do poema Telka, Patience Worth ditou um belíssimo romance satírico, intitulado The Merry Tale (Conto Alegre), na mesma língua anglo-saxônia.

          Devendo restringir-me aqui a analisar e discutir as hipóteses naturalísticas que se possam formular para explicação do caso em apreço, com uma formidável perplexidade me defronto. É que esse trabalho de análise e de crítica já foi por mim efetuado na monografia sobre a Literatura de Além-Túmulo, em dez páginas de texto. Quatro foram as hipóteses discutidas: a da “personalidade segunda subconsciente”, tomada no sentido estritamente psicológico de uma fração sistematizada da dissociação psíquica do paciente; a da “consciência subliminal”, de Myers, tomada no sentido da existência, no homem, de uma personalidade integral subconsciente, muito mais ampla e perfeita do que a consciente e munida de faculdades supranormais e de capacidades intelectuais cuja emergência esporádica daria lugar às “inspirações” do gênio; a da existência de urna “consciência cósmica”, tomada no sentido em que a considerou Hartmann, para quem tratar-se-ia de um atributo verdadeiro e próprio do Absoluto, isto é, de Deus, caso em que se viria a admitir que a subconsciência dos médiuns se põe em relação direta com o Ente Supremo, pelo nobre intento de ludibriar o próximo; e, finalmente, a da “consciência cósmica”, considerada no sentido que lhe atribui o professor William James, segundo cuja opinião poder-se-ia inferir, metapsiquicamente falando, a existência de um “reservatório cósmico das memórias individuais”, ao qual teriam livre acesso os médiuns, para dele extraírem tudo o de que necessitassem, a fim de mistificarem os míseros mortais.

          Não querendo repetir-me e havendo, literalmente, exaurido o tema nessas dez páginas de análise e de crítica cerradas, só me cabe pedir aos leitores que se reportem ao referido trabalho, para ficarem a par da discussão completa das objeções formuláveis pelos que propugnam, a todo custo, a origem subconsciente de todas as manifestações metapsíquicas. Adstringir-me-ei aqui a observar que, se fácil me foi a empresa de demolir todas essas hipóteses baseando-me em numerosas circunstâncias de fato existentes nas obras de Patience Worth, em realidade, para atingir o fim a que visava, ter-me-ia bastado o só fenômeno de xenoglossia ora considerado, porquanto nem a hipótese do “subconsciente psicológico”, nem a da “consciência subliminal”, nem a do “reservatório cósmico das memórias individuais” jamais chegarão a explicar a circunstância de uma personalidade mediúnica escrever um poema e um romance, na arrevesada língua anglo-saxônia do décimo sétimo século e, ainda menos, que o tenha feito sem cair nunca no anacronismo de interpolar ao texto vocábulos latinos entrados em uso depois de 1600. Quanto à outra hipótese, a dos médiuns se porem em comunicação com o Absoluto, isto é, com Deus, tendo por nobre escopo ludibriar o próximo, hipótese formalmente blasfema, julgo que é perder tempo tomá-la em consideração.

          O filósofo, professor Schiller, doutra feita que considerou o caso com que nos ocupamos, apreciou ambas as ramificações da hipótese da “consciência cósmica” da maneira seguinte:

“Há filósofos que, tendo enveredado pela cômoda via da hipotética extensão da personalidade humana, mal dispostos se mostram a parar, enquanto não cheguem ao Absoluto. Devemos, pois, estar prontos a aprender de qualquer crítico que a arte literária de Patience Worth nada mais é do que uma autêntica revelação do Absoluto, enquanto que outro, mais moderado, falará de uma arte gotejada de um “reservatório cósmico”, onde foram sendo recolhidos e guardados todos os esforços literários dos séculos. Observarei que esta segunda versão da hipótese de que se trata não leva na devida conta o problema da “seleção aos fatos” no reservatório em questão; ao passo que a primeira daria de chofre noutra formidável dificuldade, a de que, em tal caso, Patience Worth viria a ser uma revelação, acima de tudo, humorística e excêntrica daquele Absoluto infinitamente perfeito de que falam os filósofos. Se me ponderarem que uma personalidade finita não pode deixar de ser uma “seleção do Absoluto”, responderei que semelhante explicação explica demais, visto que se, nesse sentido, Patience Worth não passa de uma “seleção do Absoluto”, todos nós, então, somos, do mesmo modo, “seleções do Absoluto”, o que equivale a dizer que, nos limites da argumentação exposta, Patience Worth seria um “espírito” como todos os outros.” (Proceedings of the S. P. R., vol. XXXVI, pág. 57.)

          Assim argumenta o professor Schiller e a mim me parece que a sua argumentação é de tal maneira frisante e decisiva, que me dispensa de acrescentar o que quer que seja. Apenas acentuarei que, no tocante à hipótese do “reservatório cósmico”, a objeção que Schiller formula, de não levar em conta essa hipótese o problema da “seleção dos fatos”, por parte da personalidade subconsciente do médium, se torna formidável, no caso especial de Patience Worth, dado que, se houvéssemos de presumir que no “reservatório” em questão se recolheram e guardaram todos os vocábulos arcaicos da língua inglesa, desusados desde 1600, também temos de reconhecer que tudo isso representa um material grosseiro, somente utilizável por quem se achasse plenamente a par do significado de cada vocábulo de per si, assim como da conjugação dos verbos, das descrições dos nomes, das construções gramaticais, das locuções dialéticas e das inúmeras elisões inerentes ao idioma a que pertenciam os aludidos vocábulos. Acresce que seria indispensável igualmente que quem deles se servisse estivesse apto a discernir os vocábulos arcaicos em uso antes de 1600 dos que começaram a ser usados depois dessa data, empresa que a “personalidade subliminal” da médium não houvera podido realizar, desde que a sua personalidade normal jamais possuíra tais conhecimentos e que estes não poderiam existir latentes em parte alguma, porquanto a estrutura orgânica de um idioma é pura abstração. Daí resulta que a hipótese fantástica do “reservatório cósmico” não resiste de frente à prova dos fatos e deve, a seu turno, ser excluída do rol das capazes de dar completa solução ao caso presente.

          Restaria ainda a considerar uma quinta hipótese, a da “memória ancestral”. Mas, como já ficou demonstrado que essa hipótese se não concilia com o fato de médiuns falarem uma dúzia de línguas que desconhecem, ou escreverem em línguas orientais extintas há milhares de anos, segue-se que seria inútil continuar a discutir uma hipótese absurda, exautorada pelos fatos.

          Concluindo: a eliminação de todas as hipóteses naturalísticas, inclusive a ultrafantástica de ordem metafísica, se resolve no triunfo incondicional da interpretação espiritualista dos fatos, do que se deverá deduzir logicamente, necessariamente, que, no caso de Patience Worth, houve a intervenção de uma entidade espiritual extrínseca, familiarizada com a língua de que tão corretamente se serviu.

          Isto posto, cumpre notar que, do ponto de vista dos fenômenos de xenoglossia, o caso de Patience Worth deve considerar-se dos mais importantes, dos mais incontestáveis, dos mais concludentes da categoria respectiva, tendo-se em vista que não se trata aí de simples frases, ou de poucas páginas ditadas por um médium em língua dele ignorada, mas de dois grossos volumes que formam um total de 600 páginas, sem considerar que a mesma entidade espiritual, quando conversa com os experimentadores, se exprime invariavelmente no seu dialeto pátrio, de há três séculos. Repito, pois, que mais não se poderia desejar, quanto a exemplos que provem de modo resolutivo que os fenômenos de xenoglossia existem e, por conseqüência, que aos metapsiquistas já não é lícito eximirem-se de lhes discutir o imenso alcance teórico, entrincheirando-se no invalidado pressuposto de ainda ser duvidosa a existência deles.

 

 

 

[i]    Obra citada, pág. 224.

[ii]    Idem, pág. 237.

[iii]   Idem, pág. 239.

 


Autor: Ernesto Bozzano
Fonte: Xenoglossia
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