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Honestamente, você não atribuiria este fato como sendo obra dos espíritos?


O Desconhecido e os Problemas Psíquicos 

 

Camille Flammarion

 

          Não negamos o acaso, as coincidências fortuitas. O que se chama acaso, isto é, o desconhecido das forças em ação, implica, por vezes, coincidências verdadeira­mente extraordinárias. Assinalarei mesmo algumas das mais notáveis.

         Ao tempo em que escrevia eu a minha grande obra sobre a Atmosfera, achava-me ocupado em redigir o ca­pítulo sobre a força do vento e, a respeito, comparava exemplos curiosos, quando sucedeu o seguinte fato:

         Meu gabinete de trabalho, em Paris, é iluminado por três janelas: uma a Leste, sobre a avenida do Obser­vatório; a segunda a Sueste, sobre o Observatório; a ter­ceira, ao Sul, sobre a rua Cassíni. Era em pleno verão. A primeira janela estava aberta, diante da floresta dos castanheiros da avenida. O céu anuvia-se, desencadeia-se o vento e, de súbito, a terceira janela, com certeza mal fechada, é violentamente aberta por uma rajada do su­doeste, que espalha todos os meus papéis e, arrebatando as folhas soltas que eu acabava de escrever, leva-as em turbilhão por cima das árvores. Um instante depois, cai a chuva, forte chuva de tempestade.

          Descer para procurar essas folhas pareceu-me tra­balho perdido e isso me consternou profundamente.

         Qual não foi a minha surpresa, ao receber, alguns dias após, da Tipografia Lahure, rua de Fleurus, situa­da a mais de um quilômetro, esse capítulo, impresso, sem que lhe faltasse uma folha!

           Notai bem que se tratava precisamente de um capí­tulo sobre as curiosidades do vento!

Que se passou então?

         Uma coisa simplíssima. O empregado da tipografia, que morava no quarteirão do Observatório, e que me le­vava as provas quando ia para almoçar, passou no local após o almoço e, vendo no chão, manchadas pela chuva, as folhas do meu manuscrito, supôs que fosse ele mesmo quem as tivesse perdido, pelo que se apressou em jun­tá-las com o maior cuidado, entregando-as ao impressor, sem vangloriar-se do que fizera.

           Por um nada poderia acreditar-se que fora o próprio vento que as levara à tipografia!    

 

 

Autor: Camille Flamarionm
Fonte: O Desconhecido e os Problemas Psíquicos.
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