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Vade Mecum Espírita

Desenvolvimento Mediúnico


          Nestes anos de atividades mediúnicas temos tido o ensejo de conhecer um pouco do que sejam os tormentos tenebrosos que existem no "vale dos suicidas". Em alguns desdobramentos, durante as reuniões mediúnicas, especialmente, incursionamos, por breves minutos, nessas regiões de sofrimentos, quando buscamos aprender com os Amigos Espirituais a tarefa de resgatar algumas das Entidades que, exauridas pelo desespero e pela dor, já têm condições 'de serem socorridas e encaminhadas para tratamento.
          As comunicações desses nossos iros são as mais dolorosas para o médium. Entretanto, são, também, a nosso ver, as que mais dulcificam e aprimoram os sentimentos.
          O fato de o médium conviver com esses dramas, tornando-se, de certa maneira, testemunha, expectador deles, compartilhando por instantes das dores que avassalam essas Entidades, proporciona-lhe uma fantástica vivência. Com o passar dos anos, no exercício connuo de socorro e aprendizado junto a esses sofredores, o medianeiro terá conseguido vivenciar uma gama muito intensa de emoções e experiências que o enriquecem de forma notável. Os conteúdos psicológicos desses Esritos em dificuldades são como que absorvidos, em parte e em breves minutos pelo médium, que os experiência e deles se impregna, enquanto dura a sintonia mental e fluídica. Cessada esta, o medianeiro se recompõe; entretanto, tais estados emocionais ficam registrados no seu psiquismo e passam a fazer parte do seu acervo como aprendizado, como "lições vivas".
          Assim, ocorre, também, com quaisquer outros estados emocionais que o Espírito comunicante exteriorize e o médium venha a captar.
          Emoções negativas, tais como o ódio, o desequilíbrio mental, a mágoa profunda, tudo, enfim, passa pelo campo emocional do médium que as sente momentaneamente. Quando o médium atinge essa vivência profunda precisa estar muito atento e vigilante, pois compete-lhe envolver o Espírito em vibrações opostas àquelas negativas de que ele é portador. O ódio, o desejo de vingança, o sarcasmo, a frieza, a crueldade, o desequilíbrio afetivo, o sofrimento moral acerbo, tudo isso deve encontrar no médium a contraparte do amor, da compaixão e da solidariedade.
          Alguns médiuns - como é o nosso caso - têm desde o início do exercício da mediunidade essa aptidão para assimilar as angústias e aflições das Entidades que se manifestam por seu intermédio, a captação de seus sintomas e dores. Isso, às vezes, assusta um pouco e tem sido causa de receio e evao de algumas pessoas às tarefas mediúnicas.
          É evidente, contudo, que essas captações por parte do médium são muito atenuadas. Quando um Espírito está com dor, sentindo, por exemplo, o esmagamento de suas pernas num desastre, ou uma facada no peito, ou, ainda, um tiro que ele próprio desfechou no ouvido, o médium sente essas aflições e sofrimentos, porém, é óbvio, de forma atenuadíssima. Ocorre que certos médiuns são muito impressionados e receiam a rigidez ou dormência muscular momentânea que os acometem em certas comunicações, a taquicardia, a falta de ar, ou mesmo quaisquer sensões que os Espíritos transmitem. Esse quadro parece assustador e chocante. Na prática, todavia, a coisa funciona de outro jeito. É que o médium sabe e sente que apesar de captar tais estados, estes não são dele, que está a salvo, sentado em seu lugar, na sala de reuniões, protegido e defendido por uma corrente vibratória entre encarnados e desencarnados e, sobretudo, pelas defesas estabelecidas pelos Mentores, nos quais deve confiar incondicionalmente.
          No extraordinário livro Memórias de um Suicida, Yvonne Pereira, narrando a comunicação de um suicida que se atirara sob um trem, o seu desespero e desequilíbrio, esclarece:
          "As vibrações mentais dos assistentes encarnados e, particularmente, da médium, cuja saúde, físico-material, físico-astral, moral e mental, encontrava-se em condições satisfatórias, pois que fora anteriormente examinada pelos provedores do importante certame espiritual, reagiam contra as do comunicante, que, viciadas, enfermas, positivamente descontroladas, investiam violentamente sobre aquelas, como ondas revoltas de imensa torrente que se despejasse abruptamente no seio esmeraldino do oceano, formoso e sobranceiro, refletindo os esplendores do firmamento ensolarado. Estabeleceu-se, assim, luta árdua, na realização de sublime operação psíquica, uma vez que influenciações saudáveis, fluidos magnéticos mesclados de essências espirituais aconselháveis no caso, fornecidas pela médium e pelos guias assistentes, deveriam impor-se e dom
Autor: Suely Caldas Schubert
Fonte: O Semeador de Estrelas
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