Rádio - Vade Mecum Espírita Facebook - Vade Mecum Espírita Twitter - Vade Mecum Espírita
Vade Mecum Espírita

Declaração sobre o Diálogo Interreligioso e Intercultural


Versão em Português e Inglês

Declaration on Interfaith and Intercultural Dialogue

 

Following is the full text of the Declaration on Interfaith and Intercultural Dialogue signed by the European leaders in the presence of His Majesty King Abdullah:

 

Noting that approximately 55 per cent of the world’s population is either Christian or Muslim; and that perhaps 80 per cent of the world’s population is either Christian, Muslim, Jew, Hindu, Buddhist, Taoist or Confucian;

 

Concerned about the ever-renewed tensions between adherents of different religions and in particular between Christians, Muslims and Jews;

 

Realising the impossibility of true peace and harmony in the world without harmonious relations and understanding between adherents of the world’s religions;

 

Mindful of the possibility of misusing, “cherry-picking” and citing out of context selected quotations from any Scripture to increase religious tension, hatred and violence;

 

Appreciating the efforts of His Majesty King Abdullah II Ben Al Hussein of Jordan in launching the historic Amman Message in November 2004 and in particular the unanimous international Islamic Consensus on its “Three Points” which proved and reestablished the fallacy of illegitimate and unqualified fatwas calling for hostility and aggression in Islam and, in the words of the late Grand Imam and Sheikh Al Azhar Professor Dr Muhammad Sayyid Tantawi, constitute:

 

“The best resource for all those who wish to travel along the straight path in their words and in their actions, and in their spiritual and religious life.”

 

Acknowledging that despite the many irresolvable and unbridgeable theological and religious differences and disagreements between Judaism, Christianity and Islam, there is nevertheless a central and essential common ground of faith, hope and love between these three monotheistic and Abrahamic religions - as proposed by the historic A Common Word Open Letter of October 13th 2007 - in the greatest Two Commandments of Love of God and Love of the Neighbour (Matthew 22:34-40 and Mark 12:29-31), however differently they be understood;

 

Echoing the words of His Holiness Pope Benedict at the King Al Hussein Ben Talal Mosque in Amman, Jordan, on Saturday, 9 May 2009, when His Holiness said:

 

“Of great merit too are the numerous initiatives of inter-religious dialogue supported by the Royal family [of Jordan]… and the more recent Common Word letter which echoed a theme consonant with my first encyclical: the unbreakable bond between love of God and love of neighbour, and the fundamental contradiction of resorting to violence or exclusion in the name of God (cf. Deus Caritas Est, 16).”

 

And likewise the words of His Grace Dr. Rowan Williams, the Archbishop of Canterbury in 2010:

 

“The appearance of the A Common Word [Open Letter] of 2007 was a landmark in Muslim-Christian relations and it has a unique role in stimulating a discussion at the deepest level across the world.”

 

Believing, moreover, that all the peoples of the world are bound together not only by their common humanity and their common planet Earth, but also by either Love of God and Love of the Neighbour or Love of the Good and Love of the Neighbour;

 

Supporting United Nations General Assembly Resolution A/65/PV.34 of October 20th 2010 establishing a voluntary World Interfaith Harmony Week as proposed by His Majesty King Abdullah II Ben Al Hussein of Jordan on September 23rd 2010 at the United Nations General Assembly, and calling for:

 

“The world’s people, in their own places of worship, could express the teachings of their own faiths about tolerance, respect for the other, and peace.”

 

Hoping that observance of the World Interfaith Harmony Week will prove to be, in the words of His Grace Bishop Munib Yunan, president of World Federation of Evangelical Lutheran Churches and the Orthodox Patriarch of Jerusalem and the Holy Land, His Beatitude Patriarch Theophilus III:

 

“An integrated international renaissance of spirit and intellect to save the world from the scourge of sectarian tensions, consequent communal violence and hatred.”

 

Call upon all governments, peoples and religions of the world to - in the words of the A Common Word Open Letter:

 

“Let our differences not cause hatred and strife between us. Let us vie with each other only in righteousness and good works. Let us respect each other, be fair, just and kind to one another and live in sincere peace, harmony and mutual goodwill.”

16 December 2010

European People’s Party Summit

Castle of Bouchout

Meise

Belgium

 

On behalf of the European People’s Party Presidency

EPP President Wilfried Martens,

 

In the presence of His Majesty. King Abdullah II Ben Al Hussein of Jordan

In the presence of the following EPP leaders:

 

 

Declaração sobre o Diálogo Interreligioso e Intercultural


Segue o texto integral da Declaração sobre o Diálogo Interreligioso e Intercultural, assinado pelos líderes europeus na presença de Sua Majestade o Rei Abdullah:

Note-se que cerca de 55 por cento da população mundial divide-se entre cristãos ou muçulmanos, e que talvez 80 por cento da população mundial divide-se entre cristãos, muçulmanos, judeus, hindus, budistas, taoístas e confucionistas;

Preocupados com a tensão sempre renovada entre os seguidores de diferentes religiões e em particular entre cristãos, muçulmanos e judeus;

Percebendo a impossibilidade de verdadeira paz e harmonia no mundo sem relações harmoniosas e entendimento entre os seguidores das religiões do mundo;

Cientes da possibilidade de utilização abusiva, provocações e citações feitas  fora do contexto em passagens selecionadas dentre as Escrituras para aumentar a tensão religiosa, ódio e violência;

Apreciando os esforços de Sua Majestade o Rei Abdullah II Ben Al Hussein, da Jordânia, no lançamento da histórica Mensagem de Amã*, em Novembro de 2004, e em particular a unanimidade do Consenso Islâmico  internacional  sobre seus "Três Pontos", que provou e restabeleceu a falácia das ilegítimas e incondicionais fatwas, convocando para a hostilidade e agressões no Islã e, nas palavras do falecido Imam e Al Azhar, o xeque Muhammad Sayyid Professor Dr. Tantawi, constituem:

"O melhor recurso para todos aqueles que desejam viajar ao longo do caminho reto em suas palavras e em suas ações, e em sua vida espiritual e religiosa".

Reconhecendo que, apesar das muitas insanáveis e intransponívieis diferenças, teológicas e religiosas e os desentendimentos entre o judaísmo, cristianismo e islamismo, há no entanto um terreno comum central e essencial da fé, da esperança e do amor entre essas três religiões abraâmicas monoteístas e - tal como proposto pelo histórico Termo Comum da Carta Aberta de 13 de Outubro de 2007 – nos dois Maiores Mandamentos: do Amor a Deus e do Amor ao Próximo (Mateus 22:34-40 e Marcos 12:29-31), apesar de serem diferentemente compreendidos;

Ecoando as palavras de Sua Santidade o Papa Bento XVI na Mesquita Rei Al Hussein Ben Talal  em Amã, na Jordânia, no sábado, 9 de Maio de 2009, quando Sua Santidade disse:

"Do grande mérito também das inúmeras iniciativas de diálogo interreligioso promovidas pela família Real [da Jordânia] ... e a mais recente Carta que ecoou um tema consoante com a minha primeira encíclica: o vínculo indissolúvel entre o amor de Deus e o amor ao próximo, e a contradição fundamental de recorrer à violência ou à exclusão, em nome de Deus (cf. Deus Caritas est, 16). "

E também as palavras de Sua Excelência o Dr. Rowan Williams, arcebispo de Canterbury em 2010:

"A aparição do Termo Comum [Carta Aberta] de 2007 foi um marco nas relações entre muçulmanos e cristãos e tem um papel único ao estimular uma discussão no nível mais profundo de todo o mundo."

Acreditando ainda que todos os povos do mundo estão unidos não só pela sua humanidade em comum e pelo seu planeta Terra, mas também pelo Amor a Deus e o Amor ao Próximo ou o Amor ao Bem e o Amor ao Próximo;

Apoiando a Resolução A/65/PV.34 de 20 de Outubro de 2010 da Assembleia Geral da Nações Unidas, que estabelece de forma voluntária  a Semana Mundial de Harmonia Interreligiosa como proposto por Sua Majestade o Rei Abdullah II Ben Al Hussein, da Jordânia, em 23 de setembro de 2010 na Assembléia Geral da ONU, e convocando para que:

"Os povos do mundo, em seus próprios lugares de culto, pudessem expressar os ensinamentos de suas próprias religiões sobre a tolerância, o respeito pelo outro e pela paz."

Esperançosos que o respeito à Semana Mundial de Harmonia Interreligiosa  irá revelar-se, como nas palavras de Sua Graça Bispo Munib Yunan, presidente da Federação Mundial das Igrejas Evangélicas Luteranas e o Patriarca Ortodoxo de Jerusalém ea Terra Santa, Sua Beatitude o Patriarca Teófilo III:

"Um renascimento internacional integrado de espírito e do intelecto para salvar o mundo do flagelo das tensões sectárias, violência comunal conseqüente e ódio".

Exortamos todos os governos, povos e religiões do mundo - nas palavras do Termo Comum da Carta Aberta:

"Que nossas diferenças não provoquem o ódio e a discórdia entre nós. Vamos competir com o outro apenas na retidão e boas obras. Vamos respeitar uns aos outros, ser honestos, justos e bons para o outro e viver em paz sincera, harmonia e boa vontade mútua. "
16 de Dezembro 2010
Cúpula do Partido Popular Europeu
Castelo de Bouchout
Meise
Bélgica
 
Em nome do Partido Popular Europeu Presidência
Presidente do PPE Wilfried Martens,

Na presença de Sua Majestade. Rei Abdullah Al Hussein Ben II da Jordânia
Na presença dos líderes do PPE seguintes:
 

   Wilfried MARTENS               Presidente do PPE
   José Manuel Durão Barroso    Presidente da Comissão Europeia
   Jerzy Buzek                             Presidente, o Parlamento Europeu
   Herman Van Rompuy              Presidente do Conselho Europeu
   Traian Basescu                        Presidente (Romênia)                 
   Silvio Berlusconi                     Primeiro-Ministro (Itália)
   Boyko Borissov                       Primeiro-ministro (Bulgária)
   Valdis Dombrovskis                Primeiro-ministro (Letônia)      
   Lawrence Gonzi                      Primeiro-ministro (Malta) 
   Jean-Claude Juncker               Primeiro-ministro (Luxemburgo)
   Angela Merkel                        Chanceler (Alemanha)
   Viktor Orban                           Primeiro-ministro (Hungria)
   Fredrik Reinfeldt                     Primeiro-ministro (Suécia)
   Iveta RADICOVA                   Primeiro-ministro (Eslováquia)
   Jyrki KATAINEN                   Vice-Primeiro Ministro (Finlândia)
   Maxime Verhagen                   Vice-Primeiro Ministro (Holanda)
   Nicos ANASTASIADES         Líder da oposição (Chipre)
   Janez Jansa                              Líder da oposição (Eslovénia)
   Enda Kenny                             Líder da oposição (Irlanda)
   Mariano Rajoy                        Líder da oposição (Espanha)
   Antonis Samaras                     Líder da oposição (Grécia)
   Michel Barnier                        Vice-presidente do PPE, UMP (França)               
   Mário David                            Vice-presidente do PPE, do PSD (Portugal)
   Peter Hintze                             EPP vice-presidente, CDU (Alemanha)
   Rumiana Jeleva                       Vice-presidente do PPE, GERB (Bulgária)
   Jacek Saryusz-Wolski             Vice-presidente do PPE, PO (Polónia)
   Antonio Tajani                        Vice-presidente do PPE, o PDL (Itália)
   Corien Wortmann-Kool          Vice-presidente do PPE, CDA (Holanda)
   Ingo FRIEDRICH                   EPP, tesoureiro da CSU (Alemanha)
   Antonio Lopez-ISTÚRIZ        EPP Secretário-Geral, PP (Espanha)
   Karel Schwarzenberg              Vice-primeiro-ministro (tcheco)
   Mikheil Saakashvili                 Presidente (da Geórgia)
   Sali Berisha                             Primeiro-ministro (Albânia)
   Nikola Gruevski                      Primeiro-ministro (Antiga República Jugoslava da Macedónia)
   Jadranka Kosor                       Primeiro-ministro (Croácia)        
   Bakir Izetbegovic                    Membro da Presidência da Bósnia-Herzegovina
   Alaksandar Milinkievič           Líder de oposição (Belarus)      
   Vlad Filat                                 Pimeiro-ministro (Maldova)                       


17 de dezembro de 2010

Fonte: The Jordan Times – 31/12/2010 - http://www.jordantimes.com/?news=32721

 

 

 

*Em novembro de 2004, um ano antes do primeiro dos atentados na capital jordaniana, o rei Abdullah lançou a famosa “Mensagem de Amã”, com a finalidade de “esclarecer ao mundo o que é e o que não é o verdadeiro islã”. Uma iniciativa com a qual a dinastia Hachemita pretendia reafirmar sua função de intérprete e avalista da “reta compreensão” da fé islâmica, apresentada como “uma mensagem de fraternidade e humanidade, que afirma o que é bom e proíbe o que é errado, aceitando os outros e respeitando todo ser humano”. A aplicação dessa diretriz no campo da educação produziu o progressivo desaparecimento, nos livros escolares, das poesias, propagandas históricas e citações alcorânicas que corriam o risco de serem instrumentalizadas pelos fundamentalistas. “Hoje”, conta Jadun Salameh, “você só encontra nos livros versículos alcorânicos conciliadores, nos quais se exalta a beleza da criação e da convivência pacífica entre os povos. Nenhum rastro de guerras santas, nenhum chamado de atenção a submeter os descrentes ao islã...”.

 

Fonte:http://www.30giorni.it/br/articolo.asp?id=12370

 

  

Fonte: Fonte: The Jordan Times – 31/12/2010
Voltar
Obrigado Jamil Bizin!

Obrigado Jamil Bizin!

Cadastre-se e receba
nossos informativos!

Visão EspíritaVisão Espírita

Ouça todos os Domingos 9h30 às 11h00 com comentários do autor do Vade Mecum Espírita, no site:
www.radiobrasilsbo.com.br

contato@vademecum.com.br | Fone: (19) 3433-8679
2024 - Vade Mecum Espírita | Todos os direitos reservados | desenvolvido por Imagenet