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Âncora a Bombordo


Âncora a Bombordo

 

Navegadores da Vida:

JESUS timoneiro.

Mar sereno, enfeitado de luar.

Águas ligeiramente onduladas, plácidas, calmas, infinitas...
             T
erra longe.

 

As estrelas, pontuais, enviavam seu "boa noite" a um rústico e pesado navio cargueiro, que em rota definida, tracejava um sulco onde a luz lunar como que abria uma estrada no mar, onde espumas brilhantes constituíam invulgar cenário de beleza e imensidão.

Estrelas, todas, vigilantes e orientadoras.

 

O navio há muito flutuando nas águas do mar alto, mantinha-se em equilíbrio e em bom nível de flutuação.

Ninguém sabia, a bordo, que profundidade ocultava-se após a imensa lâmina de água.        

Seguia o navio.

Dormia a maior parte da tripulação.

 

Eis que, quase imperceptivelmente, o cenário foi se mudando. Pequenas nuvens começaram por encobrir as estrelas, que deixaram de ser vistas. A brisa das altas horas acentuou seu influxo e com o acréscimo de inesperada energia, as águas iniciaram movimentos mais rápidos, desencontrados. Da placidez, passou-se à turbulência.

 

Foi nesse tempo que a tripulação, alertada pelos plantonistas, acordou sobressaltada e veio para o convés.

 

O navio, de boa e reforçada construção, suportou estoicamente os embates violentíssimos das ondas, já agora transformadas em vagalhões indomáveis.

O que ficou prejudicado e em iminente perigo foi o equilíbrio do barco, demonstrando, sem dúvida, que logo emborcaria ou soçobraria.

Então, um humilde marujo procurou o capitão comandante e sugeriu, entre tímido e convicto, que a solução para o reequilíbrio da nau talvez fosse lançar âncoras, não só na proa, como na popa, a estibordo e a bombordo.

Sim!

Aquele navio era um barco que visitava países do mundo todo oferecendo âncoras, comerciando-as para uma indústria estaleira de grande porte. E o navio, para demonstrações que
re
alizava em vários ancoradouros, às vezes lançava âncoras, previamente instaladas, nos seus quatro pontos cardeais.

O comandante, homem experiente e prudente, viu na ideia a solução. Pelos menos, a única possível naquele momento. E ordenou: "âncoras a bombordo, a estibordo, popa e proa!".

Âncoras lançadas o grande navio sentiu alívio das formidáveis pressões da massa d'água se deslocando e abalroando-o e manteve-se à tona, até de manhã.

Como veio, a tormenta foi.

E o grande barco continuou sua viagem.

Navegadores da Vida: quando o mar das inclemências individuais nos ameaçar, na nossa grande viagem que é a existência, tenhamos âncoras para lançar.

Tanto quanto nosso Norte é sempre espiritualmente magnetizado pela vinda do Grande Timoneiro, há quase dois mil anos, também temos o timão da alma, que pode e deve ser manobrado pelo comandante que temos alojado na consciência.

As âncoras, no mínimo quatro, podem ser comparadas a um procedimento moral, necessariamente evangélico, para poderem produzir segurança.

São elas, as quatro âncoras: Amor, Humildade, Tolerância, Trabalho.

Ventos e ondas são nossas dívidas que comparecem reclamando reequilíbrio da balança cármica.

Estrelas são os Mensageiros Celestiais que sempre nos orientam mas que nem sempre nossos defeitos, quais nuvens cinzentas, nos permitem vislumbrá-los.

Somos navios bem feitos, porque feitos no Estaleiro Universal. Divino!

Os marujos plantonistas são nossos aprendizados cristãos.
            Se navegar é preciso sigamos para o porto onde nos aguardam bons negócios, isto é, vamos onde possamos exercitar o dom sublime do intercâmbio com outros povos e outras gentes. Com certeza, lá nos esperam almas sequiosas por algo que tenhamos a lhes oferecer e almas outras que estão com muita
s saudades da nossa presença, para eles, incomparável.

JESUS é um dos que nos aguardam lá e desde já podemos reconhecê-lo, mesmo ainda distantes, pois Ele é o farol do mundo.

Van der Goehen

 

 

Fonte: Eurípedes Kühl
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