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Vade Mecum Espírita

A Ciência exige provas e o esquecimento daquelas já produzidas.


          Aos estudos de Varley, ajuntaremos os de Wallace, por ele próprio publicados em uma notável carta dirigida ao Times, para explicar como e por que se fez espírita.
          O venerando sábio, que disputava a Darwin a descoberta da lei do transformismo, escreveu:
          "Como tenha sido increpado, por muitos dos vossos correspondentes, como um homem de Ciência, que acredita no Espiritismo, peço licença para dizer-vos em que fundamentos assenta minha crença.
          "Comecei minhas pesquisas, há quase oito anos, por uma feliz circunstância que me facilitou experimentar, em minha casa e em larga escala, com a assistência de pessoas da maior confiança, sendo, então, muito menos frequentes e acessíveis os maravilhosos fenômenos.
          "Tive a satisfação de provocar, por numerosas e rigorosas provas, movimentos inexplicáveis por causas físicas conhecidas ou por imaginações.
          "Familiarizado, assim, com aqueles fenômenos, cuja realidade não pode ser posta em dúvida, tive ocasião de compará-los com as manifestações dos médiuns de profissão, e de reconhecer que existe, entre uns e outros, perfeita identidade de causa.
          "Pude, igualmente, obter, pela mais paciente observação, as mais curiosas e seguras provas da realidade, cujas minúcias exigiriam volumes. Ser-me-á, porém, permitido descrevê-las ligeiramente, a fim de mostrar como se pode evitar a fraude.
          "Uma dama, que nunca vira fenômenos espíritas, pediu-me, e à minha irmã, para acompanhá-la a um médium afamado.
          "Obtivemos uma sessão em pleno dia.
          "Depois de grande número de pancadas e movimentos, coisa muito comum, nossa amiga perguntou se era possível evocar-se uma pessoa com quem desejava falar.
          "A resposta afirmativa, a dama começou a ler as letras do alfabeto impresso, enquanto eu tomava as que eram dirigidas para formarem o nome.
          "Nem eu nem minha irmã sabíamos o nome do homem evocado: nem sequer conhecíamos os dos parentes mortos.
          "Também ela nunca tinha visto o médium.
          "As letras que tomei, foram: Y, R, N, E, H, N, O, S, P, M, O, H, T.
          "Logo que foram designadas as três primeiras, a dama exclamou: isto não significa coisa alguma. É melhor começar de novo!
          "Justamente naquele momento, as pancadas designaram o E, e veio-me ao pensamento, por já ter lido um fato semelhante, o que podia ser; e disse: Continue que suponho saber o que significa isto.
          "Quando a dama acabou de proclamar as letras, eu lhe apresentei o papel em que as tinha tomado; ela, porém, não lhes descobriu sentido.
          "Operei, então, uma divisão pelo primeiro H; e pedi-lhe que lesse cada seção de trás para diante.
          "Apareceu-lhe assim, com grande espanto seu, o nome de Henry Thompson, seu filho morto, que ela evocara.
          "Esta experiência, cuja exata descrição garanto, foi e é, a meu ver, a completa refutação a todas as explicações até hoje dadas a respeito dos meios empregados para indicar por pancadas os nomes dos mortos..."
          Este fato, garantido por um homem da estatura moral e científica de Wallace, e escudado nas observações análogas de Robert Chambers, do professor William Gregory, do professor Hare, do Dr. Guilly de Malvern e do juiz Edmonds, a não ser repelido por mentiroso, é de convencer os mais refratários. Continuemos.
          O barão Guldenstubbé publicou, em 1857, um livro curioso, intitulado A realidade dos Espíritos e o fenômeno maravilhoso de sua escrita direta.
          Conta o Autor como foi levado a fazer experiências.
          Andava à procura de provas palpáveis, ao mesmo tempo que inteligentes, do mundo dos Espíritos, para demonstrar, por meio irrecusável, a existência da alma.
          Colocou papel e lápis numa caixa, que fechou à chave, e a ninguém comunicou esse ensaio.
          Para maior segurança, guardou consigo a chave.
          Esperou em vão doze dias; porém, ao décimo terceiro dia foi surpreendido pelo aparecimento de alguns caracteres.
          Repetiu a experiência, dez vezes no mesmo dia, para convencer-se de que não fora vítima de ilusões.
          Deu parte a seu amigo, conde d'Ourches, de sua maravilhosa descoberta, e, juntos, fizeram repetidas tentativas, obtendo o conde uma comunicação de sua mãe, morta havia cerca de vinte anos, cuja letra foi reconhecida.
          Oxon, o sábio professor que experimentou por cinco anos, sobre a escrita direta, exprime-se nestes termos, em sua obra - Coisas do outro mundo:
          "Há cinco anos sou familiarizado com os fenômenos de psicografia, que tenho observado por médiuns conhecidos e por damas e cavalheiros de força medianímica.
          "No curso de minhas observações, vi psicografias obtidas em caixas fechadas (escrita direta), sobre o papel escrupulosamente marcado e colocado em lugar especial, donde não pudesse ser removido, papel metido em envelopes fechados, e em ardósias dobradas.
          "Vi escritas produzidas quase instantaneamente; e essas experiências me provaram que todas eram sempre obtidas pelo mesmo processo.
          "Ao passo que se vê, algumas vezes, o lápis correr como se fora guiado por invisível mão, vê-se, outras vezes, aparecer a escrita, sem intervenção de lápis."
          E o caso observado por Crookes, de uma luminosa mão arrancar-lhe o lápis e escrever à sua vista.
          Zoellner, o sábio alemão, firmando suas asseverações no testemunho de pessoas respeitáveis, como os professores Fechner, Weber e Schreibner, as expõe assim:
          "Na noite de 16 de Novembro de 1876, coloquei numa sala, onde o médium Slade nunca tinha entrado uma mesa e quatro cadeiras.
          "Eu e o professor Braune, Fechner e Slade sentamo-nos ao redor da mesa, e, desde que fizemos uma cadeia pela ligação de nossas mãos, deram-se pancadas na mesa.
          "Tinha eu comprado uma ardósia, e Slade colocou-a numa borda da mesa, tendo em cima um lápis.
          "Notamos que este não se moveu.
          "Limpou-se a ardósia, e Slade colocou-a, com dois lápis, sobre a cabeça do professor Braune.
          "Ouvimos o ruído do lápis na lousa, e, quando esta foi retirada, verificou-se que tinha muitas linhas escritas.
          "Inopinadamente, um móvel que estava a distância de Slade e lhe ficava pelas costas, pôs-se em movimento e afastou-se alguns pés da parede.
          "Uma segunda sessão se realizou em minha casa, com a assistência de Weber e de Schreibner.
          "Violenta detonação deu-se, como descarga de botelhas de Leyde, e nós, voltando-nos, assustados, reconhecemos que uma porta, de meia polegada de espessura, se tinha rachado de cima a baixo, sem o menor contato de Slade.
          "Os estilhaços caíram a metro e meio do médium, que estava de costas.        
          "Surpreendeu-nos esta manifestação de tão possante força mecânica, e eu perguntei a Slade o que significava aquilo, ao que respondeu ele que, à sua presença, davam-se, às vezes, aqueles fenômenos.
          "Como falava em pé, colocou uma ardósia, expressamente por mim comprada, sobre a mesa, e, por cima dela, os cinco dedos da mão direita, aberta, enquanto tinha firmada a esquerda no meio da mesa.
          "Começou a escrita, e, quando Slade levantou a ardósia, liam-se nela estas palavras, em inglês: Não tivemos intenção de fazer mal. Relevem o que aconteceu.
          "Foi isto escrito, tendo Slade imóveis às mãos."
          Para que mais provas da existência dos Espíritos e da comunicação dos vivos com os chamados mortos?
          O que aí fica exposto procede de fontes tão respeitáveis, que só a má-fé ou cegueira invencível podem recusar.
          Se os mais notáveis homens de Ciência podem ser suspeitos de loucura ou de embuste, pelo fato de afirmarem que viram, e de ser o que viram contrário ao que se tem por verdade, de que serve multiplicar testemunhos, e de que modo há de a Ciência limpar-se dos erros que a inquinam?
          Em todo caso, para não faltarmos ao programa que prometemos seguir, daremos em seguimento às observações daqueles sábios, as que temos nós mesmos feito em nossa estreitíssima esfera.
Fonte: A Loucura Sob Novo Prisma - Dr Bezerra de Menezes.
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